A faixa etária escolar
compreende crianças de sete a dez anos de idade. Esse período caracteriza-se
por maior atividade física, ritmo de crescimento constante com ganho mais
acentuado de peso próximo ao estirão da adolescência. Há crescente
independência da criança que, na maioria das vezes, inicia as atividades
escolares por volta dos sete anos e formação de novos laços sociais com adultos
e indivíduos da mesma idade. Essas transformações, aliadas ao processo
educacional, são determinantes para o aprendizado em todas as áreas e para o
estabelecimento de novos hábitos. Além da grande importância da família, a
escola passa a desempenhar papel de destaque na manutenção da saúde (física e
psíquica) da criança.
O avanço da ciência e das
novas tecnologias de produção, transporte e conservação dos alimentos ocasionaram,
ao lado da maior oferta alimentar, mudanças de hábitos dietéticos. Dessa forma,
à preocupação com a oferta adequada de nutrientes (DRI – Dietary Reference
Intake), soma-se a importância da vigilância à qualidade, composição,
biossegurança e aos aspectos toxicológicos dos novos alimentos disponíveis para
a alimentação da criança. Tudo isso com o objetivo de possibilitar:
•O crescimento e o
desenvolvimento em toda a sua potencialidade;
•A profilaxia e o
reconhecimento de doenças causadas por escassez de nutrientes;
•A profilaxia e o
reconhecimento das doenças causadas pelo excesso de nutrientes;
•A prevenção nutricional
das doenças degenerativas do adulto;
A tendência à urbanização
aliada ao desenvolvimento industrial e agropecuário ocasionou mudanças de
padrão alimentar e de vida das sociedades ocidentais. O consumo de alimentos
industrializados e ricos em gordura aumentou em detrimento da ingestão
alimentos não processados. Houve ainda redução da atividade física para o
desenvolvimento do trabalho e do lazer. Essas modificações determinaram o
processo denominado transição nutricional, caracterizado por queda das taxas de
desnutrição, aumento da prevalência de obesidade e incremento de casos de “fome
oculta” – deficiências nutricionais específicas, pouco evidentes clinicamente,
mas prejudiciais à boa saúde. A OMS estimou, em 1997, que a obesidade atingia
203 milhões de adultos e 21,9 milhões de crianças no mundo. No Brasil, a
Pesquisa Nacional sobre Demografia e Saúde de 1996 revelou que 4,9% das crianças
brasileiras têm sobrepeso e a Pesquisa Nacional de Orçamentos Familiares
2002/2003 evidenciou que há 10,5 milhões de adultos obesos.
Essas observações e a
necessidade de minimizar as conseqüências do processo de transição nutricional
exigem dos profissionais de saúde, em geral, e dos pediatras, em particular,
atenção redobrada na orientação da alimentação mais adequada para cada faixa
etária. Além de recomendações para a alimentação no domicílio, tornam-se
necessárias orientações sobre a merenda escolar e incremento de atividade
física.
Necessidades e Recomendações
Nutricionais
A oferta de nutrientes
deve ser suficiente para prover as perdas metabólicas diárias e para permitir o
crescimento adequado. A partir de 1993, as recomendações alimentares foram
alteradas. Em lugar da RDA (Recommended Dietatry Allowances) dos Estados Unidos
e do RNI (Recommended Nutrient Intakes) do Canadá, definiram-se as Dietary
Reference Intakes (DRI).
O cardápio deverá
ajustar-se à alimentação da família, conforme a disponibilidade de alimentos e
preferências regionais. As famílias devem ser orientadas sobre as práticas para
uma alimentação saudável. As refeições devem incluir, no mínimo, o desjejum, o
almoço e o jantar. A merenda escolar deverá adequar-se aos hábitos regionais,
devendo ser evitado o uso de alimentos isentos de valor nutricional.
A seguir são apresentadas, resumidamente, as diretrizes
gerais para a alimentação do escolar:
1) Ingestão de nutrientes
em quantidade e qualidade adequadas ao crescimento e desenvolvimento desta
faixa etária.
2) Alimentação variada,
que inclua todos os grupos alimentares, conforme as DRI, evitando-se o consumo
de refrigerantes, balas e outras guloseimas.
3) Consumo diário e
variado de frutas, verduras e legumes, ótimas fontes de calorias, minerais,
vitaminas hidrossolúveis e fibras.
4) Consumo restrito de
gorduras saturadas e trans para profilaxia de aterosclerose e doença
coronariana na vida adulta.
5) Controle da ingestão de
sal para prevenção de hipertensão arterial.
6) Consumo adequado de
cálcio para formação adequada da massa óssea e profilaxia da osteoporose na
vida adulta.
7) Controle do ganho
excessivo de peso através da adequação da ingestão de alimentos ao gasto
energético e desenvolvimento de atividade física regular.
Fricassê de frango da vovó
Ingredientes
• 8kg peitos de frango médios
• 20 cenouras
• 2kg de leite em pó
• 1 pote de margarina
• 500g de amido de milho
• Alho
• Cebola
Modo de Preparo
Cozinhar o frango junto com a cenoura,
retirar o
frango e reservar. Bater no
liquidificador a cenoura
com o leite, despejar em uma panela,
acrescentar o
amido de milho e deixar engrossar.
Desfiar o frango,
refogar com margarina e acrescentar o
creme. Servir
a seguir.
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